sábado, 16 de maio de 2009

It's not enough to say that i miss you.

O que mais me perturba ultimamente é a saudade, é inevitável. Sinto falta de muita coisa e principalmente de muitas pessoas. Sabe quando a gente não tem nada pra fazer e começa a lembrar de dias que passaram, onde tu te sentia inexplicavelmente feliz, sem motivo nenhum, só por estar, e tu sabe que esses dias não vão voltar, e nem outros parecidos virão. Situações são únicas e pessoas são insubstituíveis, acho que todo mundo concorda comigo até aqui. Porque o tempo tem que passar e levar com ele aqueles que a gente julga tão importantes? Saudade de amigos que foram embora, de dias mais livres de responsabilidades, em que rir e falar besteira eram de fato as únicas ocupações. Saudade de amigos que nunca vieram, ou que vieram uma vez só. Não sei se eu me apego muito facilmente às pessoas, ou o que, mas algumas se tornam tão essenciais, em tão pouco tempo, ouso dizer, em 20 minutos. Não posso resumir isso aqui, nem conseguiria. Porque a gente nao pode parar o tempo às vezes, ou voltar nele? Acho que nao daria muito certo se fosse assim, mas seria muito bom. Quando tá tudo tão bom, porque as coisas mudam, porque a gente nao tem a liberdade de falar o que sente e o que pensa? Porque é tão difícil isso? Invejo Brás Cubas.
Por mais sinceros que sejamos, NUNCA vamos falar tudo, NUNCA seremos completamente verdadeiros no que dizemos, seja por medo, para nao magoar alguém ou para preservar sua ''imagem'', e para a ultima, confesso que nao me importo muito. Muitas coisas me incomodam, muitas mesmo, todos os dias, o tempo todo. Eu imagino como eu me sentiria bem se pudesse falar tudo, se não tivesse que disfarçar, esconder e fingir que nada acontece, mas nem tudo é como a gente quer, aliás, quase nada é como a gente quer.
Eu não culpo ninguém quando as coisas não são como eu quero, a culpa é só minha, e é verdade, eu não sei controlar meus pensamentos, e falomesmo.
Eu deveria ser estável e saber o que pensar das coisas e das pessoas, ou não. É meio complicado ser estável quando o que te levanta, também te derruba. Adorei isso de blog, a gente pode morrer digitando, falando tudo que quer (ou quase tudo) sem ouvir alguém suspirar e mudar de assunto ou te criticar. Que saudade de antes.
Que saudade do que eu nunca tive, nunca senti, é estranho, mas é real. O que a gente mais quer, sempre parece mais impossível, inatingível mesmo. Parece que quanto mais difícil, mais ''divertido'' e mais recompensador é, mas no meio do caminho, é complicado.
Como eu vou explicar para os outros o que eu ainda não entendi? Como se precisasse entender. Tantas vezes eu desejei me ver livre disso, e tantas outras implorei pra que esse sentimento se mantivesse sempre aqui, sempre intacto. Quanto mais o tempo passa, mais forte fica, mais certeza eu tenho. Certeza do que eu quero. Como chegar lá eu não sei, mas eu vou, de algum jeito. É tão absurdo, que não parece ser de verdade, para qualquer desocupado que um dia passar aqui e ler o que eu to escrevendo, vai parecer a coisa mais estúpida e sem sentido do mundo, mas como o meu objetivo não é explicar nada, tudo bem.
Pra resumir tudo, to cansada, muito cansada. Quero um tempo pra mim, quero poder abraçar, abraçar muito forte algumas pessoas que me fazem muita falta, e outras que estão sempre aqui. Quero que as coisas andem! Quero poder me mexer, fazer alguma coisa, não suporto essa idéia de ficar parada esperando as coisas acontecerem, tudo cair na minha mão. Odeio ouvir que eu tenho que dar tempo ao tempo, quem disse que tempo existe? Tempo é uma desculpa para as pessoas protelarem suas tarefas e seus sonhos, por pura comodidade. Eu não tenho tempo.
Talvez eu devesse escrever aqui, os nomes daqueles que eu mais desejo comigo, principalmente nesse momento, mas não acho que seja necessário se eu os tenho no meu pensamento, e eles sabem o quanto eu sinto sua falta...ou não.

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