quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

So, quit your crying;

and wipe the tears from your eyes, 'cause this is "see you later", i'm not into goodbyes.
Ontem foi o último dia, e já passou, tão rápido. Não vou dizer que eu já esperava, porque na verdade, foi muito pior do que aquilo que eu esperava. Ainda não superei bem os acontecimentos pra poder escrever aqui sem chorar. Confesso que esperava que fosse diferente. Eu sabia que seria difícil, horrível, estranho, mas não esperava que fosse tanto. Só sei que hoje quando acordei, fiquei esperando a sensação de alívio que o Giva tinha falado, só encontrei as dores e o vazio imenso, um verdadeiro abismo em mim. Já passei por muitas situações complicadas, inclusive de despedidas, mas nenhuma delas me afetou assim. Já passei por muita coisa, mas nada teve o mesmo impacto. Não entendo como, já que eu pensava ter tudo sob controle. Nunca pensei que detestaria tanto as férias. Se pelo menos eu tivesse uma garantia, se pelo menos eu tivesse direito a uma despedida, um abraço só. Eu juro que tentei entender, mas não consegui. Qual será o meu problema? O que há de errado comigo, que não há com o resto das pessoas, com a Dani e a Frances, e até a Natalie, por exemplo? Onde será que eu errei pra não ser considerada uma amiga? Será que foi tão horrível assim? Eu percebi, pelo menos um pouco, de sentimento de todos, quase todos né. Será que eu consegui estragar tudo mesmo sem falar uma palavra? Será que eu deixei transparecer tudo aquilo que eu tentei esconder o tempo todo? Talvez não existisse amizade, that's the question. Bom, nunca obterei respostas. Achei um pouco desnecessário, mas cada um tem o direito de agir da maneira que quiser. Só eu não tive esse direito, mas o que me impediu foi eu mesma. Precisava dizer aquilo? Eu já sabia, não precisava se incomodar em jogar na minha cara, rs. Durante o ano inteiro, eu nunca quis prejudicar alguém, nunca tentei derrubar alguém, sério. Se eu ignorava, mantinha distância, era pura e simplesmente por não simpatizar ou por me sentir ameaçada, dã. Me arrependi de algumas coisas, mas não sei se posso também acreditar em tudo que me dizem. Às vezes acho que sou meio ingênua. De qualquer forma, acabou.
Maybe it's all for the best, but i just don't see any good in this.
Se ontem eu já fiquei chocada e até um pouco decepcionada (ok, na verdade arrasada), daqui pra frente só tende a piorar, e isso é óbvio. Foi pior do que uma despedida breve, pra alguns foi um "adeus". Eu nem vou dizer que vou sentir falta, porque isso não vai bastar. Odeio me sentir idiota, acho que isso que a cada dia vai me deixando mais "fechada", só falo ou demonstro algo quando percebo reciprocidade, pra não bancar a imbecil. Ah, acho que pro meu blog eu posso falar o que eu sinto e o que eu penso, né? A verdade é que eu queria que isso nunca tivesse acabado, eu poderia fazer vestibular todas as semanas e lidar muito bem com isso, mas não posso lidar com esse vazio. Eu odeio sentir que perdi, perdi muito, perdi tudo. Perdi de verdade, sabe. A única coisa que eu não esperava ter que enfrentar ontem, era a indiferença. Confesso que isso foi o que mais me chocou e mais doeu. Eu ainda vou pensar sobre tudo por muito muito e muito tempo, mas só eu vou. Por que será que todo mundo mereceu um abraço e um "vou sentir tua falta" menos eu? Por que todo mundo teve o direito de ser sincero o tempo todo, menos eu? E ainda teve gente pra fazer eu me sentir culpada. E ainda teve a minha consciência me xingando sem parar. Dessa vez eu não me arrependi de ter ficado quieta, pelo menos. Posso dizer que aprendi a evitar desastres maiores, e esse seria dos grandes. Embora eu tenha chorado menos da última vez. Eu pedi pra que fizessem o que fosse melhor e prometi que independente da decisão, eu aceitaria. Ok, aqui estou. Não prometi que ficaria satisfeita, atri. Preciso conversar com alguém, eu acho, o blog não me satisfaz mais como antes. Tá doendo tanto que tudo que eu preciso é ficar perto das pessoas que eu amo e que me fazem esquecer de tudo.
Eu queria passar na Ufrgs, mesmo com tudo que eu falava e fingia que não me importava, eu queria muito. Eu queria ser motivo de orgulho pros meus professores, pros meus amigos, pra minha família, eu só queria não decepcionar ninguém, pelo menos.
Eu só quero saber o que fazer agora e daqui pra frente, só isso. Pra mim nada faz sentido ainda.

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